sábado, 14 de novembro de 2009

CAIU A CONEXÃO

Definitivamente, desisto
Vou sair da vitrine
Não quero mais me apaixonar
Não assim. Quero olho no olho
Toque de mão, de corpo, de alma

Quero beijo na boca, sem emoticons
Vou abrir meu portão e as 200 janelas da minha casa
Deixar entrar amor de verdade, carne. osso e alma
Virtual só tem letras, sem reações reais
Olho os olhos na foto, inertes e estáticos

Terminou o que nem havia começado
Assim como li a entrega li também o desprezo
Como posso mostrar o que sinto
Amores e brigas virtuais não existem
São sonhadas e imaginárias

Não quero mais isso na minha vida
Já sou bem grandinha e vacinada, agora
Revoltada sim, saco cheio também
Caráter foi a herança dos meus pais
Tomo conta só da minha insanidade, de mais ninguém

Há tempos não chorava por alguém
Pena que foi pela pessoa errada
Acreditei que era a certa, ledo engano
Pense o que bem quiser de mim
Já cresci bastante pra saber quem sou

Juro que tentei entender e esperar
Amei cada palavra e desenho que vi
Odiei o final, não era a mesma pessoa que li
Cuidei sim daquele jardim, tu que não viu as flores
Fica bem tá. Conectada nesse teu cantinho de ilusões irreais
Simplesmente vendo a vida passar!
Leia Mais ►

DIFÍCIL ENCONTRAR

Cansei de procurar pessoas ideais
Foda quando te subestimam
Até idealizei que fossem
Culpa só minha, bem feito
Que fazer se a alma procura

Tive um grande amor que se foi
Pessoa linda você, que não quero mais perder
Respeito a opção de me deixar
Difícil não comparar, mas vou encontrar
Convivência assim em anos construímos

Outras pessoas encontrei
Digitando emoções
Não se conhece pela letra
Novas chances não te darei
Culpa minha eu sei

Pessoas não faltaram
Não posso pedir pilares
Leva tempo construí-los
Volto ao começo, tudo de novo
Mas, não brinca comigo

Não sustento amizade assim
Lealdade se conquista
Te faz em outra
Me deixa seguir meu rumo
Porque meu prumo eu mesma faço
Leia Mais ►

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

VIAGEM À LUZ DE VELAS Nº. 2

Putz, faltou luz número dois!! Já notaram né? Falta luz, eu escrevo. Também pudera, há mais de 20 dias não postava nada. Tenho três textos na incubadora (nome que dou ao diretório que guardo textos mal resolvidos) nada me agrada, nenhum concluo.
Aproveito agora. Hoje, fiz do cinzeiro um castiçal. E pior, lembram da lanterna do primeiro texto? Esqueci de comprar as pilhas...kkkk
A luz tá fraquinha, então vou aproveitar enquanto posso.
Pois bem...
O entardecer foi tomado por um vento furioso que trouxe consigo pingos enormes de chuva. E sem luz, sentei novamente na minha cama e comecei a escrever. A diferença daquela vez, é que hoje chove “copiosamente”. Relâmpagos e trovões assustadores e atrevidos.
O céu está vindo abaixo em forma de lágrimas.
Outra diferença, estou com dor de cabeça e tentando disfarçar um ataque de ansiedade. Respiro fundo, tentando evitar outro Rivotril - pra quem não sabe, é um calmante. Sou forte, vou continuar escrevendo porque isso ajuda a me conter.
Voltando a chuva, aos relâmpagos e aos trovões que também estão nervosos, vou dar um Rivotril pra eles...kkkk,
sem graça isso.
Buenas, parece que hoje a luz vai demorar muito para voltar. Pelo menos, foi o que entendi quando liguei para companhia elétrica e disseram: “estaremos enviando” uma equipe para o local daqui à uma hora e meiaaaaaaaa!!!!! Jesus, que estrago a chuva tá fazendo hoje, pensei.
Sendo assim, posso gastar o restinho das pilhas da nossa lanterna companheira, as velas que ainda tenho em casa e aproveitar o tempo até para fazer minha autobiografia.
Nem telefone toca numa hora dessas para me fazer companhia. Sou obrigada a conversar com o Tobias, meu cachorro. Já estava esquecendo, é claro que to fumando. Um monte.
A chuva é tamanha, que às vezes os relâmpagos iluminam meu caderno (só assim mesmo pra usar este método né) mais que a bendita lanterna. Até gosto, o problema são os trovões que vêem depois, muito barulho.
Foi até aqui que escrevi, naquela noite. Depois, a ansiedade tomou conta de mim e, se bem me lembro, liguei para alguém em busca de companhia. Ainda pensei, depois vou recordar como terminou a noite que demorou tanto a se iluminar.
Continuei sentada, larguei o caderno, fumei muito mais, disfarcei uma conversa amena ao telefone, proseei com meu cão – que aparentava mais calma do que eu. Deu nervoso de novo, resisti ao remédio, rezei mais um pouco, abri a janela da sala, vi uma tremenda escuridão iluminada intermitentemente pelos raios, a água da chuva alagava meu pátio, fechei a janela que os pingos invadiam, voltei pro quarto e o Tobias me seguia. Ufa!
As pilhas acabaram e a vela sucumbiu na escuridão, sentei novamente na cama e ouvi a gritaria da vizinhança festejando a volta da luz.
Escapei ilesa da escuridão, mais uma vez.
Leia Mais ►

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

PERDOA O AMOR

Já me apaixonei por tantas...
Pessoas que surgiram nesta tela
Descobri bobagens e virtudes
Minhas e delas, letra por letra
Foto a foto descobrindo quem sou

Fiz amores e amigos de infância
As bruxas parecem que adivinham
Do sul ao norte voei e voltei
Não mereço amores que fiz
Meu coração é ateu, não meu

Fundi meu monitor com um beijo teu
Machuquei tanta gente boa
Me sinto miserável por isso
Fumei palavras de amor e paixão
Visitei tantas camas que não voltei

Deixei minhas rosas morrerem no jardim
Nem delas cuidei, vi só as pétalas no chão
Perdoa se não vi as tuas caindo também
As minhas desabam a cada temporal
Ah.. meu coração, que alma possui

Vejo tantas almas que me enxergam melhor do que eu
Sofro com tantas, entendo outras
Me apaixono por olhares e palavras
Me transporto pela janela das almas que adiciono
“Nunca ninguém me amou assim”

Leviano coração arrebatado por outro vagabundo
A história se repete, estava tão mais perto de mim
Me assusta teu amor, o que eu fiz contigo
Perdoa nossa distância, mas nunca estive tão perto
Sei que o arrependimento vai me comer

As lágrimas se atiram dos meus olhos
E confirmam as dores destas palavras
Tu és o amor da alma que eu quero guardar
To tão triste ouvindo músicas criadas por ti
“Não dá pra disfarçar”, quando toco teu olhar


Leia Mais ►