quarta-feira, 25 de agosto de 2010

VOCÊ!!!


Sabendo ser você quem espero há tanto
Me espanto te beijar e te tocar
Como se fosse impossível se afastar
Feito uma louca, te respiro em mim
Pronunciando meu amor em suores

Que pudores são esses que nem sei
Só rapto tua alma juntando à minha
Calo tua boca na minha e sugo
Teu calor que nas mãos descubro
Que escorre teu corpo misturando os desejos

Nossas sutilezas se procuram em valsa
Como dança que cansa e descansa
Bocas que revelam segredos confessos
Desvendando mistérios que guiam nossas mãos
Em ti, em mim, em nós buscando arrepios

Olhos que se penetram passivos ao amor
Descobrindo a verdade sobre nós
Corpos que se acham perdidos
Revelados ao toque da entrega
Total e sem volta.
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ENGANOS


Engano que fui
Engano você
Dos enganos, carrego a bagagem
Mas você, foi desengano
Foi desencanto

Engano a vida
Pra que o tempo não me leve
Ou me carregue
Sem cumprir a que vim
E sucumbir em mim

Traço meus enganos sozinha
Dobro esquinas e como ruas
Deito no banco da praça
Olho a lua, os pássaros me voam
E cagam na minha cabeça, por engano

Engano a morte com a sorte
Levanto do banco e em branco
Vejo a vida passar, não vou deixar
Vou colorir minha paisagem
Porque dela sei eu, mais ninguém

Das cores dos enganos, faço arco-íris
Sorrio pras cores que formei
Pincelando o quadro
Criando esquinas dobradas
Solitárias e amassadas, por engano
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DOCE INFERNO


Meu doce inferno
Que não conhece a si mesmo
Tens medo de mim em ti
Teus olhos mentem
O que tuas mãos querem

Tua boca implora
O que tuas palavras escondem.
Meu doce inferno
Que apareceu devagarzinho
E explodiu na saudade.

Teus braços agarram lugares
Que teus pés não querem estar
Meu doce inferno
Que faz das palavras hipocrisia
Faz do desejo insensatez
Procura o longe que está perto

Meu doce inferno
Que as mãos procuram o nada
Enquanto os sonhos perseguem o escuro
Enganando a realidade
Mentindo a verdade.

Meu doce inferno
Que de sonhos criei
Que em fantasias inventei
Que nas mãos desejei

Só que agora...
Meus pés me carregam
E meus olhos enxergam
O doce inferno que amei...
 
(escrevi não sei quando...)
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sábado, 7 de agosto de 2010

ASSIM SOU...


Pior que sou assim mesmo
Vezes sumo
Outras assumo
Vezes desapareço
Pra reaparecer

Porque não ser
Aquilo que sou
Se sou..
Não cobrem
Eu mesma cobro

Às vezes dia
Outras a noite
Às vezes mulher
Outras a maçã
Mordida

Assim sou
Mesma em mim
Procuro o eu
Que sou
Porque sou assim

Esta sou eu
Não entendam
Abracem
Leiam
E, se possível, amem...
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domingo, 1 de agosto de 2010

A VIDA É UM RISCO

E eu rabisco memórias que fiz
Através de noites escuras
E dias amanhecidos em mim
Refazendo amores que perdi
Das vidas que já conheci
 
É um risco o ser vivo
Mas não o ser nos deixa tão mortos
O risco maior do amor é amar
Mas não amar nos deixa vazios
Risco riscado com dor ou amor
 
Rabisco minha vida
Risco torto ou retilíneo
Não importa, vale o risco
Ele não é infinito
É formado de pontos
 
Como se fossem instantes de vida
Que somados formam um risco
Uma linha de vida
Importante arriscar o risco
Que se acaba num ponto
 
A extensão da linha nem vai importar tanto
Sua densidade é a nossa passagem
Que compramos sem conhecer o ponto final
Mas que cada estação seja um ponto feliz
Pra que a linha não se forme em vão.
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