terça-feira, 28 de setembro de 2010

MEU TOBIAS

Tenho um cachorro chamado Tobias. Que me segue e persegue dia a dia como se fosse uma sombra. Alguns o chamam de meu “cheira-bunda”, tamanha fidelidade do cão atrás de mim. Outros dizem que só faltam os óculos pra ficar mais igual a mim, como a um filho, tipo alma gêmea.
Tobias tem 15 anos, idade avançada pra cachorro. Seu olhar de pidão me leva a fazer suas vontades e ainda achar graça daqueles olhinhos. Fiel e companheiro, como poucos amigos que ainda creio possuir, o “cara” me conforta dos meus momentos mais solitários aos mais felizes. Tenho um amor tão grande por ele que me dói sequer imaginar o dia que não sentir sua presença comigo.
É marcante demais tê-lo ao meu lado por tanto tempo. Assim como será o dia em que se for. Sei que ele me ama incondicionalmente, me é fiel, me faz carinho, se faz presente na minha vida.
Literalmente roubei o cão da mãe de uma amiga, reclama até hoje a pobre senhora. Foi amor à primeira vista ou latida. Pequenino e amarrado pelo pescoço, me compadeci do bichinho e tomei (hem?) ele pra mim.
Ta aqui do meu lado agora, fiel companheiro. Levanta uma das orelhas quando chamo por ele, às vezes se faz de surdo e vira a cara quando se revolta.
Tem muita personalidade e vontade própria o bichinho. Na verdade acho que ele é quem manda no pedaço, eu obedeço.
Acham engraçado né.. eu também. Amo este cara, que quando adoeço é o primeiro a chegar, é o primeiro que se deita ao meu lado como que perguntando do que preciso pra sarar. Fica ali com a cabeça escorada nas duas mãozinhas (hã?) me encarando e pronto pra me fazer companhia.
Chamo ele de tudo em pouco: cachorrão (é pequeno), príncipe encantado, meu rei, meu dorde (lorde + dog), digo que ele é descendente do xeique de Agadir... aff.. sangue azul.
 E, assim vai passando nossas vidas em comum. Ele em idade avançada e eu na meia idade (Jesus!) num companheirismo sem igual.
Tobias me faz brincar quando quer comer sua ração, tenho que fingir que a como também. Rouba minhas meias e as deixa babada, faz a maior festa quando entro em casa apesar de ter ido ali na esquina comprar cigarros.
Como na fotinho aí do "ladinho", fica na janela esperando eu voltar, o tempo que for necessário. Este cachorro me ama, eu mais ainda e os vizinhos acham graça da carinha de barba branca esborrachada no vidro da janela.
Desconfio daqueles que não gostam de cachorro, não me parecem pessoas confiáveis. Assim, como aqueles que não suportam as crianças.
Buenas, hoje acordei com vontade de confessar meu amor pelo meu companheirinho. Assim, vocês conhecem um pouco dos amores que tenho.
Ah... tenho três filhos-dogs, outro dia falo das meninas.
Falando nisso, você tem cachorro? Não? Adote um então, vira-latas são tudebom. E, infelizmente nosso mundo ta cheio de gente que os abandona ou os maltrata. 
Gente má.
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domingo, 12 de setembro de 2010

ENGANOS CONSENTIDOS

Haja enganos. Eu os tenho e, cá entre nós, você também. E porque não os teria se somos humanos. E, em sendo assim, erramos. E ponto.
Que ponto que nada. É no ponto que a história começa. Ou termina..
Sou vitima de mim mesma. Ta, eu explico.
Sou pessoa fácil, beirando a idiotice ou a ingenuidade. Tão fofa. Ah, não esquecendo o detalhe: pisciana. São tão sensíveis, chega dá nojo. Acreditam nas maiores besteiras e em conto de fadas. Aí.. como eu queria ser diferente. Só nascendo de novo. Isso vai ter que esperar a próxima encarnação, tomara existir realmente. E que eu venha pouco mais realista, prática, pé no chão, acordada dos sonhos de fada e menos sensível. Provavelmente não terei um blog como este.
Que mulher fácil de beber, fumar e de se apaixonar. Não to falando só de vícios, são manias. Maniazinha de querer ser feliz, vejam só. Mania de se entregar de copo e alma.. ops corpo e alma. Também não to só falando de amores. Incluo aí , as amizades. Ah, que bela forma de amar. E eu amo, intensamente.
Busco alma gêmea em, praticamente, tudo que se mexe e dê sinais de carinho. 
Que fofa pessoa.
Sou daquelas que chora por músicas românticas, chora por amores fantasiados, por uma mão não estendida, enfim... beirando a babaquice.
Tem vezes que me odeio por ser assim, tão panaca. Outras, até amo por ser uma pessoa legal, politicamente correta, pagadora de contas (tento né) um serzinho amado e que ama.
Engano é uma certeza que não deu certo. Mas, também não deixou de ser uma tentativa.
Troco as fases da lua, assim como as minhas. Às vezes sou alguém, noutras ninguém. Tento escrever uma coisa e desatino em outra. Entro em ruas que já conheço e dobro esquinas retas, quando na verdade queria errar de rua e tropeçar em esquinas desconhecidas.
Esbarro em pessoas que nunca vi, deito na cama com elas e acordo com gosto do amargo de enganos consentidos. Subo no muro e de lá tento enxergar pra onde eu fui.
Bebo uma taça de vinho e na tela rabisco as lágrimas contidas e arrisco uma frase. Tenho um tanto de mim que não conheço e outro que ainda não acertou o beijo. Magôo tanto quando estou perdida, nasci assim. Você não vai conseguir me entender, nem eu consegui.
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PERDAS E DANOS II (mais um desabafo)

Uma das músicas que ela amava...

vai aí o link: http://www.youtube.com/watch?v=F0-Kv1k41Kw
Tenho uma dificuldade de inserir vídeos...aff
Saudade de mãe é um sentimento que não tem fim. Não preenche jamais. É um vazio constante na alma, uma ligação sem precedentes. A gente precisa é aprender a conviver com a falta, com a ausência dela. Confesso ser muito difícil tal proeza.
Até hoje, me pego tentando ligar pra alguém quando quero partilhar minhas alegrias ou tristezas, vitórias e derrotas. Sei muito bem pra quem. Daí sim dá um vácuo na gente, porque sei que não vou preenchê-lo. 
Não vou conseguir transpor o sentimento de saudade que chega doer na alma.
Concordo, mães são chatas. Nos enchem de conselhos, casaquinhos e guarda-chuvas. Agora, tenta ficar sem ela. Quem vai te encher o saco com isso? Quem vai dizer que você ta bebendo demais, fumando, dormindo tarde, que você precisa casar e ter filhos, ser honesta e digna, cuidar mais da saúde, ser gentil e educada e blá, blá, blá....quem??
Não é que esta data me faça lembrar mais dela, lembro sempre, não tem como não lembrar. Mas hoje, faz com que eu me sinta mais vazia. Mais sem norte, sem chão, sem mãe. A data confirma mais ainda a dura realidade.
São três anos de uma partida rápida, sem aviso prévio, sem preparação psicológica. Mesmo sabendo que isto não existe, nunca estamos preparados.
Mãe é alma da alma da gente. Deus leva sem perguntar se queremos, se aceitamos a falta, se estamos preparados... simplesmente leva quando acha que já cumpriu sua missão. Achamos que não.
É como arrancar tua pele e deixar tua alma desnuda dela. Como se agora, nossa alma tivesse que andar sozinha e sem proteção. Não é não. Ela tá lá, ti olhando sim.
Sentimos a falta do abraço, do cheiro, da voz, dos conselhos, das cobranças, das rugas, do sorriso e das broncas, do telefonema, dos almoços de domingo que só as mães sabem preparar, da perseverança de manter a família unida, da mãe da gente.. de poder pronunciar esta linda palavra, “mãe”.
É o colo que vai fazer falta por toda nossa vida.
Obrigada Deus, pela mãe que nos deu. 

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