quinta-feira, 15 de abril de 2010

DIVERSIDADE VIRTUAL

Cada um de nós tem um olhar diferente com relação à vida. Uma interpretação diferente das coisas do cotidiano, de textos, de pessoas, de atitudes e de blogs. A internet é uma das ferramentas mais democráticas que já existiu na face da Terra e que contém o maior número de informações que se possa pretender ou imaginar.
Fascinante, instigante e de uso comum desde o mais culto até o mais humilde ser humano. Informa, diverte e aproxima amores e amigos. Seu uso inadequado pode destruir, machucar, facilitar crimes e falcatruas. De tudo se encontra aqui, desde o mais precioso texto jornalístico, poemas, política, atualidades... até a pedofilia, preconceito de todas as formas, crimes cibernéticos, pornografia... e assim vai.
Sendo uma ferramenta tão democrática, tornou-se também mais popular. Creio que isto fez com que nascessem os blogs, que nada mais é do que um site interativo criado e mantido por qualquer um de nós, ou seja, não precisamos pagar para ter um site. Grande “sacada” de democratização e aproximação de pessoas de qualquer raça, cor, país, sexo, religião, instrução, idade... bastando entrar na rede.
Assistindo ao vídeo postado, percebi a riqueza cultural que a internet nos proporciona. Conversamos, lemos, integramos, comentamos e interpretamos pessoas das mais diversas tribos. E, todo jornalista sabe que nossa maior luta é preservar a liberdade de expressão. E, também, como formadores de opinião devemos ser imparciais e flexíveis quanto às opiniões alheias.
É fascinante ter em nossas mãos tamanha diversidade de opiniões e interpretações. Aqui você encontra os cultos e sábios (os mais modestos geralmente), pseudo-cultos (os que se acham), adolescentes que encontraram um meio para desabafar sua fase mais doída (os pais às vezes nem os enxergam), donas de casa que dividem o seu dia-a-dia conosco (alguns maridos acham que é moleza), um grande cientista ou um prêmio Nobel e até simples mortais que, vejam só, cagam (desculpem o termo chulo, mas todos fazem isto). A escolha é nossa, lemos o que gostamos e o que nos interessa, quanto ao que não gostamos... deixemos em paz, é mais democrático e elegante.
Assistam ao vídeo, prestem atenção neste senhor de macacão jeans cantando. Não dariam nada por ele né?? Grandpa Elliott é um ícone das ruas de New Orleans, sua música tem tocado os corações há décadas e amenizado as dores do povo, que frequenta aquele espaço, desde o furacão Katrina. Entre outros cantores espalhados pelo mundo, que fazem parte do magnífico projeto Playing For Change. Agora, ouçam. É linda a diversidade!!
Bendita inclusão digital que possibilita ver e interpretar sem preconceitos os simples mortais. Porque todos são, ninguém é melhor do que o outro. Não é porque sou jornalista que escrevo melhor do que um simples adolescente ou de uma dona de casa quarentona. Gosto de ler todos e tento enxergar ali uma pessoa igual a mim. Não sou melhor, não sou maior, só tento abrir meus olhos para o novo e ter a humildade de saber que todos são iguais. Alguns melhores aqui outros ali, mas em alguma coisa ou em algum momento da vida todos são bons no dom que Deus lhes deu. E, quem sou eu para julgar. Só sei que o verdadeiro aprendizado está em “abrir a cabeça” respeitando a diversidade que o mundo nos apresenta. Bom ou ruim, a escolha é nossa em querer ler ou não.

E para finalizar, recebi hoje, de um sobrinho de 17 anos, este segundo vídeo onde o compositor norte-americano Eric Whitacre criou um coral registrado em webcam composto de 185 integrantes das áreas mais remotas do mundo. O resultado é um surpreendente coral virtual formado pelas imagens daquelas pessoas, como se estivessem em uma gigantesca prateleira.
Precisava dizer isto...
Bju n’alma

http://www.youtube.com/watch?v=D7o7BrlbaDs&feature=related

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