quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ESTE ANO VOU MUDAR DE VIDA

Chega de ficar quebrando a cara com os velhos erros de sempre. Quero cometer erros novos. Passar por apertos diferentes. Experimentar situações desconhecidas. Sair da rotina e do lugar comum. Esse ano eu preciso crescer. Chega de saber a saída e ficar parado na porta, ensaiando os passos sem nunca entrar na estrada, esperando que me venha o que eu mais preciso encontrar. Esse ano, se eu tiver que sofrer, será por sofrimentos reais, nunca mais por males imaginários, preocupado com coisas que jamais acontecerão. Chega de planejar o futuro e tropeçar no presente. Chega de pensar demais e fazer de menos. Chega de pensar de um jeito e fazer de outro. Chega de corpo dizer sim e a cabeça não. Chega desses intermináveis conflitos que me fazem adiar para nunca a minha decisão.
Este ano eu vou viver!
Vinícius de Moraes
* Precisava dizer algo pra vocês aqui da praia (nada melhor que o poetinha) os foguetes estão anunciando a chegada do Novo Ano e com ele novas esperanças de paz, amor e meu carinho por todos que me leram neste período que encerra hoje. Muita luz pra todos nós. Amo!!
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DEVOLVA-ME (Busquei de volta, é meu...)

Tudo que é meu...
O coração.
A paixão...
Trato de abafar.
A dor...
Trato de gritar.

A saudade dói pensar
Teu cheiro é a minha cama
A boca, beijo no sonho
Teu corpo impregnou no meu
Me quero de volta
Me devolva

Uma lágrima descontrolada me trai
Quando forte me digo que estou
Treme o corpo com a lembrança
Dos lençóis enroscados em nós
Pensar em ti alivia o tormento
Ao mesmo tempo em que fujo de ti

Prefiro que voes pra longe
Do que ter tua metade
Ah... mas dói nem te ter um pedaço
Tu tens um meu...
Descompassado coração
Que nas tuas mãos pousou e quebrou.

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sábado, 19 de dezembro de 2009

QUANDO OS BÚTIAS CAEM DO BOLSO

Sempre caem, mais cedo ou mais tarde eles caem. Seja qual forma for, acontece com todos nós. Surpreende, assusta, decepciona e nos faz chorar... e muito. A gente vai vendo que as frutinhas amarelinhas começam a escorregar pelo nosso bolso, mas não quer acreditar. Pessoa otimista eu. Confesso, não foi e acho que não será a última vez.
Confesso, também, acreditei ser amor. Viu só, sempre o coração ta carregando butiás. É este que to falando aí embaixo, o vagabundo e leviano que se solta no ar. Creiam, tombaram ele.
Voltando aos bolsos, acho que por minha culpa, minha máxima culpa, encho as mãos com as frutinhas e as deposito lá.
Já me caíram por vários e eternos motivos. Amigos (as) que sem aviso prévio, sumiram – admito, deixando um enorme vazio doído – e amores que simplesmente “desamaram”. Alguns até acho que foram abduzidos, prefiro enganar meu coração a enfrentar esta idéia,
dói menos.
Tenho um defeito, entre tantos outros, acredito, confio, me atiro de cabeça, amo e “ploft” – de novo estatelada na calçada. Já falei que meu coração é vagabundo né??!!
Como uma criança, se delícia com a possibilidade da entrega verdadeira e inocente do amor.
Voltando às frutinhas amarelinhas e aparentemente inocentes, acho que desta vez enchi os dois bolsos. Jogaram-se de lá, sem dó nem piedade. Suicidas! Jorraram frutinhas pra todos os lados. Esmagaram-se ao cair no chão e pés desavisados pisaram nelas.
Dá uma tristeza, vontade de dormir e sonhar que os butiás não existem.
Existem sim, e fui eu mesma que os coloquei nos bolsos. Acreditei neles de novo, sei que vou continuar...
o coração manda (vide blog).
Creio que algumas pessoas enxergam seus butiás como se fosse seu próprio umbigo.
Respeitem meu butiá, um dia ele pode ser seu!
E como já disse, são muitos os butiás que já me caíram dos bolsos. E, sendo tantos, só me resta recolher um por um do chão, misturar com uma cachaça bem forte, acrescentar açúcar em calda, colocar dentro de uma garrafa hermeticamente fechada, sacudir bem e guardar por tempo indeterminado – fora do alcance das crianças – e um dia qualquer saborear o licor adocicado que fiz dos meus butiás caídos.

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

CORAÇÃO À TOA

Danado coração volúvel
Vagabundo e vadio
Não o deixe sozinho
Como balão se solta no ar
Voa até não mais alcançar

Como criança quer brincar
Brincalhão, o curioso foge
Quer experiências saborear
Salta muros e janelas
Deseja sempre romancear

Quase ateu se apaixona
E como um santo se redime
À toa coração, pára no peito
Não te joga da janela
Espera, te acalma nela

Pulsante na sua arritmia
Percebe o perigo e encolhe
Escolhe em vão
É caçado como um bicho feroz
Se aninha e dorme

Abre um olho, olha em volta
Se ele percebe a presença
Relaxa e encaixa
Se não, levanta e grita
E atordoado vagueia
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

DESEJO ATENDIDO (Ledo engano..)

Tenho a mania de amar, amo amar
Sempre procuro alma gêmea
É dela que me alimento, sei que tenho
Numa foto encontrei e guardei
Por muito tempo te esperei

Teu cheiro impregnou no meu
Como se fosse eu mesma
Teu corpo me conduziu as mãos
Mostrando caminhos que já conhecia
Meu beijo te amou como há muito não sabia

Cada pedaço teu encaixou no meu
Juntando peças e colhendo amores
Semeamos vidas diferentes
Para que no encontro das bocas
Falássemos a mesma língua

Tua boca já me pertencia, só você não sabia
Teu corpo relembrei a cada segredo visitado
Teus caminhos furtei e fugi para cada abraço
Aos teus olhos me curvei e me entreguei
Encontrei em você eu perdida

Destinos cruzados para o encontro
Já te sonhei em meus sonhos
Sabia que te reconheceria
Quando tua pele colou na minha
Teu silêncio prenunciou o gozo

Sorrindo com os olhos me suga no beijo
Entendo tua alma como se fosse a minha
Teu silêncio me diz tudo que preciso
Tuas mãos escolhem os caminhos
Como se fossem os teus.

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sábado, 14 de novembro de 2009

CAIU A CONEXÃO

Definitivamente, desisto
Vou sair da vitrine
Não quero mais me apaixonar
Não assim. Quero olho no olho
Toque de mão, de corpo, de alma

Quero beijo na boca, sem emoticons
Vou abrir meu portão e as 200 janelas da minha casa
Deixar entrar amor de verdade, carne. osso e alma
Virtual só tem letras, sem reações reais
Olho os olhos na foto, inertes e estáticos

Terminou o que nem havia começado
Assim como li a entrega li também o desprezo
Como posso mostrar o que sinto
Amores e brigas virtuais não existem
São sonhadas e imaginárias

Não quero mais isso na minha vida
Já sou bem grandinha e vacinada, agora
Revoltada sim, saco cheio também
Caráter foi a herança dos meus pais
Tomo conta só da minha insanidade, de mais ninguém

Há tempos não chorava por alguém
Pena que foi pela pessoa errada
Acreditei que era a certa, ledo engano
Pense o que bem quiser de mim
Já cresci bastante pra saber quem sou

Juro que tentei entender e esperar
Amei cada palavra e desenho que vi
Odiei o final, não era a mesma pessoa que li
Cuidei sim daquele jardim, tu que não viu as flores
Fica bem tá. Conectada nesse teu cantinho de ilusões irreais
Simplesmente vendo a vida passar!
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DIFÍCIL ENCONTRAR

Cansei de procurar pessoas ideais
Foda quando te subestimam
Até idealizei que fossem
Culpa só minha, bem feito
Que fazer se a alma procura

Tive um grande amor que se foi
Pessoa linda você, que não quero mais perder
Respeito a opção de me deixar
Difícil não comparar, mas vou encontrar
Convivência assim em anos construímos

Outras pessoas encontrei
Digitando emoções
Não se conhece pela letra
Novas chances não te darei
Culpa minha eu sei

Pessoas não faltaram
Não posso pedir pilares
Leva tempo construí-los
Volto ao começo, tudo de novo
Mas, não brinca comigo

Não sustento amizade assim
Lealdade se conquista
Te faz em outra
Me deixa seguir meu rumo
Porque meu prumo eu mesma faço
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

VIAGEM À LUZ DE VELAS Nº. 2

Putz, faltou luz número dois!! Já notaram né? Falta luz, eu escrevo. Também pudera, há mais de 20 dias não postava nada. Tenho três textos na incubadora (nome que dou ao diretório que guardo textos mal resolvidos) nada me agrada, nenhum concluo.
Aproveito agora. Hoje, fiz do cinzeiro um castiçal. E pior, lembram da lanterna do primeiro texto? Esqueci de comprar as pilhas...kkkk
A luz tá fraquinha, então vou aproveitar enquanto posso.
Pois bem...
O entardecer foi tomado por um vento furioso que trouxe consigo pingos enormes de chuva. E sem luz, sentei novamente na minha cama e comecei a escrever. A diferença daquela vez, é que hoje chove “copiosamente”. Relâmpagos e trovões assustadores e atrevidos.
O céu está vindo abaixo em forma de lágrimas.
Outra diferença, estou com dor de cabeça e tentando disfarçar um ataque de ansiedade. Respiro fundo, tentando evitar outro Rivotril - pra quem não sabe, é um calmante. Sou forte, vou continuar escrevendo porque isso ajuda a me conter.
Voltando a chuva, aos relâmpagos e aos trovões que também estão nervosos, vou dar um Rivotril pra eles...kkkk,
sem graça isso.
Buenas, parece que hoje a luz vai demorar muito para voltar. Pelo menos, foi o que entendi quando liguei para companhia elétrica e disseram: “estaremos enviando” uma equipe para o local daqui à uma hora e meiaaaaaaaa!!!!! Jesus, que estrago a chuva tá fazendo hoje, pensei.
Sendo assim, posso gastar o restinho das pilhas da nossa lanterna companheira, as velas que ainda tenho em casa e aproveitar o tempo até para fazer minha autobiografia.
Nem telefone toca numa hora dessas para me fazer companhia. Sou obrigada a conversar com o Tobias, meu cachorro. Já estava esquecendo, é claro que to fumando. Um monte.
A chuva é tamanha, que às vezes os relâmpagos iluminam meu caderno (só assim mesmo pra usar este método né) mais que a bendita lanterna. Até gosto, o problema são os trovões que vêem depois, muito barulho.
Foi até aqui que escrevi, naquela noite. Depois, a ansiedade tomou conta de mim e, se bem me lembro, liguei para alguém em busca de companhia. Ainda pensei, depois vou recordar como terminou a noite que demorou tanto a se iluminar.
Continuei sentada, larguei o caderno, fumei muito mais, disfarcei uma conversa amena ao telefone, proseei com meu cão – que aparentava mais calma do que eu. Deu nervoso de novo, resisti ao remédio, rezei mais um pouco, abri a janela da sala, vi uma tremenda escuridão iluminada intermitentemente pelos raios, a água da chuva alagava meu pátio, fechei a janela que os pingos invadiam, voltei pro quarto e o Tobias me seguia. Ufa!
As pilhas acabaram e a vela sucumbiu na escuridão, sentei novamente na cama e ouvi a gritaria da vizinhança festejando a volta da luz.
Escapei ilesa da escuridão, mais uma vez.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

PERDOA O AMOR

Já me apaixonei por tantas...
Pessoas que surgiram nesta tela
Descobri bobagens e virtudes
Minhas e delas, letra por letra
Foto a foto descobrindo quem sou

Fiz amores e amigos de infância
As bruxas parecem que adivinham
Do sul ao norte voei e voltei
Não mereço amores que fiz
Meu coração é ateu, não meu

Fundi meu monitor com um beijo teu
Machuquei tanta gente boa
Me sinto miserável por isso
Fumei palavras de amor e paixão
Visitei tantas camas que não voltei

Deixei minhas rosas morrerem no jardim
Nem delas cuidei, vi só as pétalas no chão
Perdoa se não vi as tuas caindo também
As minhas desabam a cada temporal
Ah.. meu coração, que alma possui

Vejo tantas almas que me enxergam melhor do que eu
Sofro com tantas, entendo outras
Me apaixono por olhares e palavras
Me transporto pela janela das almas que adiciono
“Nunca ninguém me amou assim”

Leviano coração arrebatado por outro vagabundo
A história se repete, estava tão mais perto de mim
Me assusta teu amor, o que eu fiz contigo
Perdoa nossa distância, mas nunca estive tão perto
Sei que o arrependimento vai me comer

As lágrimas se atiram dos meus olhos
E confirmam as dores destas palavras
Tu és o amor da alma que eu quero guardar
To tão triste ouvindo músicas criadas por ti
“Não dá pra disfarçar”, quando toco teu olhar


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sábado, 31 de outubro de 2009

ENTRANHAS

Pele com pele
Corpo a corpo
Beijo no beijo
Pernas grudadas
Segredos desvendados

Suando desejos e amores
Passeando minha língua na tua
Sentindo tua mão me transar
Escorre em mim teu prazer
Esconde em ti minhas entranhas

Esparramo meu corpo no teu
Deslizando ateu o suor que é meu
Entregando menina virando mulher
Mãos que tremem ao sentir o desejo
Bocas que gritam o silêncio de amar

Arrasto minha pele na tua
Colo meu rosto no teu
Beijo tua orelha tentando me ouvir
Amo esse corpo em busca do meu
Exploro teu segredo mais profundo

Quero ti amar assim meu dengo
Até o infinito do teu ser, mimando-te
Enquanto esse olhar me enxergar
E o brilho dos teus olhos me caçarem
Fico grudada no teu ser, até.... mais que viver
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

OLHO A ALMA TUA

Ainda hoje te leio, com menos frequência confesso
Mas preciso te ler, lembro docemente de ti
Porque ainda sinto falta tua
Até então não sei, mas deixou um certo vazio
Não contenho expressões de afeto, me excedi

São raridades de alma tua que gosto de ler
Com admiração, respeito palavras só tuas
Contraponho sim, a minha com a tua
Diferentes na forma, mas vêem do coração
Alma não se discute, talvez em outra encarnação

Reverencio tua palavra, tão bela
Sou simples aprendiz em movimento
Busco aprender amizades com a alma
Espio a tua como quem quisesse resgatar
Aprendi muito contigo, até a te perder amiga

Talvez um dia nossas almas se cruzem
E nossos versos componham a mesma letra
Por enquanto guardo a poesia da amizade
Essa, não importa o gênero das palavras
Valeu a intenção de ter existido
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terça-feira, 6 de outubro de 2009

NORMALIDADE

Aparento uma normalidade bem normal, creio
Você ouviu? Normalllll....
Minha insanidade se confunde com isso
Seguro as mãos quando se revoltam
Mantenho-as no teclado e escrevo

Minha ira, disfarço em gargalhadas
Somos normais, dizem
Cada louco tem um pouco de sanidade
E o insano me atrai comodamente
Prefiro os tortos aos retilíneos

São mais sensíveis e transparentes
A normalidade causa tédio
Ditos normais são chatos e pedantes
Andam em fileiras e se vestem iguais
Apresentam o mesmo semblante

Já eu..a ovelha negra
Prefere ser colorida, feito arco-íris
Tão mais belo e dolorido
Insana numa normalidade aparente
Normal numa insanidade doente

Foda-se e seja feliz, assim é
Amo minha insanidade
É dela que crio e recrio minha vida
Senão, que marasmo seria
A vida passaria....normal
Só não bate a porta na minha cara tá !!!


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terça-feira, 15 de setembro de 2009

QUANTOS AMORES

Quantos amores encontro nesse desencontro de almas
Quantos passam e repassam minha vida, sem nada
Não me dôo, não me entrego assim tão fácil
Encontro o desencontro e não acho
Procuro e refaço o mesmo caminho

Beijei tantos amores, soltei tantos outros
Alguns sonhei, abdiquei de mim
Sai do chão, fui aos céus
E tombei no inferno
Sorte minha são as molas

De bar em bar procurei
Em cada olhar vaguei
De cama em cama me entreguei
Bebi todas e me deitei
E o dia em ressaca amanheceu

Enganei a vida tantas vezes
Guinei minha sorte outras tantas
Arrependi do que não fiz
E do que fiz sorri e refiz
Beijei quem bem quis

Percorri veredas estreitas
E no escuro me perdi
Embriaguei minha boca na tua
Abracei uma árvore na rua
E no asfalto.. me estatelei !!


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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PERDAS E DANOS (um desabafo)

Caracas, só dizendo assim. Sabe quando se perde o chão, o norte, a referência? Pois então, eu não sabia o que era isso. Ela estava ali o tempo todo. Podia não ver, não ouvir mas tinha certeza daquela presença na minha vida. O tempo todo se preocupando comigo, não dormindo.
Que saco, pensava, tais cobranças: veste o casaco...vai esfriar; leva o guarda-chuva...vai chover; te alimenta....tá magrinha (e eu gorda); não bebe....tu diriges; dorme cedo...tu trabalhas. Resumindo: te cuida minha filha!!
Muito mais forte do que jamais imaginei ouvir este... ”minha filha”. Sinto falta.
Aconchego e proteção. Faz a gente saber de onde veio.
Cara, a gente se perde. Não imaginava que o vazio era tão vazio. Há aqueles que não sentem tanto, mas há aqueles que como eu perdem o rumo mesmo.
Meiga como uma rosa e austera como uma matriarca. Silenciosa, mas falava bem no olhar. Tinha suas razões na própria razão da vida.
Dá uma tristeza as vezes que nem sei explicar, uma saudade que dói na alma.
Das lembranças tiro o afago, da imagem uma onda de prazer por ser tua filha.
E que filha, daquelas que hoje sente culpa por não ter sido mais do que deveria ter sido. Mas, também daquelas que lembra como se fosse uma canção de ninar. Ah...teu abraço, teu beijo tímido.
To tão triste hoje. Choro pela tremenda falta que tu me faz, a falta de referência, dos teus olhos enxergando tua cria.
Quero teu colo, teu abraço, teu beijo, tua preocupação comigo e aquele telefonema pedindo minha presença.
Aquela que não te deu o suficiente. Tarde pra isso...
Ah mãe... se eu soubesse. Teria te dado mais o meu amor, mais presença, mais ouvidos, mais abraços e mais filha. Perdi minha ligação umbilical, meu norte, referência de mulher forte, de amor incondicional, enfim... ti perdi. 

Uma ursa panda, espécie em extinção, minha mãe. Falo mais outro dia, hoje só choraria. Considerem isto como um desabafo. A poesia era ela.
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O VOO DA FÊNIX

Garras arrancadas pela perfídia dos homens
Segredos imaculados em nome do amor
Arrancaram tua mais inocente sensualidade
Tua mente rasgada e queimada
Ave lendária que renasce das cinzas

Quase eternas, geram seus filhos
Mediante o fim da sua
Preservam sua própria ressurreição
A partir do seu corpo
Voltam como filha

Não despenca dos rochedos
Voa mais alto, vai longe
Tua dor te carrega
Te eterniza na alma daquilo que foi
Transmuta das cinzas que o céu é teu

Transcende teu horror
Retorna do nada e te perpetua
Teu instinto conhece o caminho
Faz teu fogo e sucumbe
E das cinzas, levanta e voa

Te alimenta de incenso
Carrega elefantes nas costas
Tua cor confunde o sol
Queima e reluz pra vida
Seja feliz...Eternamente..
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

LICENÇA POÉTICA

As árvores não me dizem não
E os pássaros me voam
Enquanto o rio que me passa
Leva chorando meu barco

Levo vida passa hora
Não sei pisar no chão
No céu me vôo
E as nuvens por mim passam

Levo ilesa meu vento
A chuva só me lava
O sol que me queima
No mar vai afogar

No jardim me embrenho
Samambaias me saúdam
Roseiras me espinham
Amoras se queixam
E eu....poeto!!!


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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

É ISSO AÍ...

Chega ser nostálgico tentar te esquecer
Ana Carolina canta esta história
A lua impõe tua presença
O vinho escorre minha boca
As flores foram testemunhas

Vou inventando amores
Procurando teu cheiro
Imaginando tua boca
Abraçando teu corpo
Falando conversas

Disfarço a dor
Ouso sonhar
Ouço tua voz
Vejo teus olhos
Beijo teu sorriso

Tal qual um sonho
Que tanta ternura
Não quero esquecer
Nunca perder
Me trouxe de volta!

Reconheci o amor
Momento guardado
Eterno na alma
Obrigada por aquela lua
Fez o brilho, dos meus olhos, voltar
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terça-feira, 11 de agosto de 2009

ENQUANTO ESCREVO, OBSERVO MINHA MÃO

Bonita não?
Ela é a minha esquerda. A minha direita.
Extravasada, porém desvairada. Louca em busca do tudo ou nada. Sempre perseguindo palavras ou páginas em branco, seguindo sonhos. Assassinando realidades.

Que duas!
Duas pessoas, duas cúmplices. Se tocam e se mexem feito um balé. Se amam e se beijam como duas amantes. Uma não vive sem a outra. Que outra. Que uma.
Elas se conhecem há tantos anos, mas se descobrem a cada novo momento. Como se nunca tivessem se visto.
Uma trabalha muito, inquieta e sempre em busca do novo. A outra fica na expectativa de romper com o velho, buscando coragem naquela que deita com ela.
Que duas. Que mãos. E o corpo que separa as duas ao mesmo tempo precisa. As duas sussurram palavras, esboçam frases tentando formar sentenças. E as letras, uma atrás da outra buscam versos uma na outra.
E no lençol branco, se encontram coradas de paixão. Como se fossem duas amantes envergonhadas de tesão. Tentam dissimular uma conversa amena de bar. Tentam disfarçar a vergonha de amar. As duas voltam pra cama branca da noite, bulinando uma na outra buscando orgasmos solitários e silenciosos. Gritando frases desconexas, formando sentenças culpadas de amores, esboçando silêncios e revelando segredos através de dedos decepados pelas dores de escrever teu nome em linhas que nunca se encontram.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O AMOR NÃO TEM ROTEIRO

Simplesmente pinta, a vida de cores. Cai no nosso colo sem prévio aviso. Tem vezes que começa no fogo, numa simples amizade ou a primeira vista. Quando nos damos conta, pimba...aconteceu. Amamos.
Já me aconteceu, mais de uma vez. Pessoa de sorte eu. Quando acaba fica com gosto de quero mais. Amor.
A paixão é como pegar um trem desgovernado. O amor é quando você compra o bilhete com destino certo, a felicidade eterna. “Que seja infinito enquanto dure”, já dizia o poeta.
Na verdade, nunca se sabe como, onde ou por quem. Quando menos se espera tem alguém sentado no teu coração balançando as perninhas.
Ficamos bobos.
Já quando não se tem amor, queremos sim. Não venha me dizer que não, que eu me basto, to bem assim sozinha, antes só do que mal acompanhada...blá...blá...blá. Pra mim, isso é papo de quem não quer admitir que precise de amor. Ora bolas, todos querem. Eu quero. Quem não quer.
Mas quero sem roteiro, sem pressa de terminar. Que chegue num olhar, num aperto de mãos ou até por e-mail. Mais cibernético.
Na verdade, não existe roteiro. O amor surpreende. Se houvesse um plano, seria falso.
Quero aquela coisa que emerge da paixão, vagueia pelo corpo e acaba impregnando o coração. Viaja palmo a palmo pelo corpo acariciando todos os sentidos, buscando prazeres nunca visitados. E que, depois de vistoriar todos os recantos, descanse ofegante no meu peito.
Quero que meu dia passe longo na expectativa de te ter de novo. Que meus pensamentos delirem pela noite anterior, lembrando passo a passo todo o prazer que proporcionou ao meu corpo suado.
Que eu rasgue todos os roteiros até agora apresentados, que eu enlouqueça no mesmo trem com bilhete comprado. E que meu destino seja uma estação abandonada onde só nós conhecemos, lugar secreto e lúdico com cheiro de cama e coração.
Quero um amor com direitos autorais, onde o destino escreve a sua parte no encontro das almas e ninguém pode roubar de mim. Sem roteiro porque a vida se impõe e transforma nosso construir de dias em um livro onde as páginas se escrevem por si só. Simples assim.


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sábado, 8 de agosto de 2009

QUASE AMOR

Conheci meu quase amor
Pensei que, ansiosamente, era
Um amor esperado, aguardado
Fadado ao eterno
Juro, pensei que era

Amor à primeira teclada
Existe sim, pensei que era
Conversas amenas e sérias
Momento sublime com Andrea Bocelli
Pensei num sonho, dormindo contigo

Impôs regras, mas aceitou o enlace
Amei o sorriso na busca do beijo
Busquei nas palavras a alma gêmea
Par perfeito num encaixe
Sou tão sonhadora com amores...

Teu silêncio me deixa triste
Quando a tua sensualidade
vai se confundir com a minha?
Pediu um dia te ver aqui
Tá aí... e eu aqui, sonhando!!
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

QUASE VERSOS

(mirror-puzzle)
Meus versos não são versos
Não tem linha nem formato
Nem prosa, quase sem rima
São impressões de vida

Jogo palavras nas frases
E delas me possuo
Ou sou possuída
E elas me revelam

Brinco com a frase
São códigos da alma
Inspirados na vida
Alguns decifram

Gosto desse jogo com as palavras
Revelo segredos decifráveis
Sem forma nem rima
Tem gente que odeia isso

Vou brincando com elas
Quebra-cabeças que nunca se encaixam
Porque a vida não termina na palavra
As peças continuam mudando a forma

Vou continuar insinuando frases
Formando versos inversos
A rima busco com a vida
Sou feliz assim

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

VIAGEM À LUZ DE VELAS

Olhando pra fumaça desvairada que sai do meu cigarro, pensando em ti.
Imaginando se estás com a outra ou se comigo no pensamento.
Sozinha no meu quarto escuro a vela trepida e dança na parede quase branca. E o vento frio que entra da janela corta um suspiro que de saudade me inspira. Fica mais silêncio ainda sem luz. A escuridão do pátio me assusta e a lua crescente me fascina e alivia. Sinto um medo quase nostálgico de estar aqui sozinha. Acendo outro cigarro que me faz companhia.
Agora ouço vozes no pátio do vizinho, surpreendido pela escuridão. Eu não.
Uso a lanterna que ilumina as letras que aqui escorrem e aguardo. Talvez com ela estivesse na TV, sem enxergar a fumaça do cigarro, sem escrever. Que bom que não tem luz. O fogo do isqueiro quase queimou meu cabelo, sem noção de distância entre a boca e o cigarro.
Olha! Os vizinhos saíram pra rua como se vissem agora. Também não entendem a escuridão. Eu prefiro esboçar aqui com meus rabiscos a trajetória da fumaça. Uma graça. Quase faltando pilha na lanterna, tento imaginar se consigo escrever com a luz da vela. Trépida.
E acho a boca com o cigarro. Baforadas de silêncio. Escuto a falta de luz pensando em mim, em ti. Pena não estar aqui.
É diferente quando a luz se apaga sem pedir licença. Assusta, surpreende os sentidos. Amedronta a razão. Fica sem chão, quase cega. Por um momento pensei: é rapidamente elétrico o que acontece. A falta da luz.
Continuo olhando a TV sem movimento ou trançando os polegares pra ver se o tempo passa, ele passa. Agora dá vontade de continuar lendo meu livro de novo. A vela tá quase acabando, tenho que achar outra.
É silencioso demais ficar sem luz. Nem a da lua tem, só da vela acabando e a do cigarro. Ah, esta lanterninha tá me guiando.
A da vela faz contornos diferentes nas paredes. Contornos que nunca observo no meu quarto. Pensamentos que não me permito invadem esta penumbra. É outro ângulo de luz.
E as sombras dos móveis escorrem parede acima enquanto a vela diminui. Vultos imóveis que crescem. Fui permitindo que a vela se acabasse pra conhecer um pouco mais as sombras deste quarto. O silêncio estava insuportável e a escuridão abominável.
A vela era quase uma chama extinta, fui deixando. Queria ver até onde iria o silêncio do medo do meu quarto. Até onde as sombras me engoliam e se confundiam com a minha.
Outro cigarro, fumo mais no escuro. Seja por mais um ponto de luz. Seja a companhia, idiota. Seja a aflição de fazer qualquer coisa além de escrever enquanto não volta a luz.
Já nem é mais vela, é cotoco. Tá quase iluminando menos que o cigarro. Continuo deixando. Talvez supere o medo do escuro, do sozinho.
Eba!! Voltou a luz. Vou deixar a vela acesa mesmo assim.
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sábado, 1 de agosto de 2009

RINDO DO MUNDO (nº 1)

Quem disse que não rio do mundo??
Rio. E mudo o curso. Uma pessoa que escreveu sobre todos esses sentimentos aqui descritos tem que rir, e muito, pois viveu todos eles. Quantos jamais experimentaram estas emoções. Ou morreram cedo demais, ou nem viveram.
Tenho muita sorte. Angústias, amores perdidos, traumas, decepções, frustrações e perdas. Feliz, que as tive.
Dou gaitadas por ter amado o amor errado, mas também amei o amor certo pois durou um tempo, o necessário pra saber que amei. E mais ainda, fui amada. Como não sorrir. Houve troca de amores.
Como não rir das frustrações, as tive e ainda vou tê-las. Se as tive é porque tentei algo diferente. Se frustrei, não era esse o caminho. Tentarei outro então.
Decepções são inerentes. Elas existem, talvez eu tenha esperado aquilo que não podiam me dar. Talvez eu tenha dado menos que mereciam. O esperado pode ser diferente daquilo que dou.
Ah, os traumas. Quem não os teve. Uns em menor escala que outros, mas sempre existem. Depende de como os suportamos e convivemos com eles. Sabem quando dou risada deles? Quando vejo os traumas dos outros. Um abuso atrás do outro.
Perdas são perdas porque ganhos tivemos. E quando as perdemos, não somos suficientemente corajosos pra dizermos o quanto fomos egoístas. Porque elas dormem com a gente. Não era esse nosso plano. Eterno só na mente.
E a angústia, essa dói no peito, já o riso dói na barriga. Que briga. Ansiedade causa angústia. Surto de tanto rir, melhor que seja assim. Acho graça agora, porque embora tenha mesmo surtado tive sorte de ser quem sou.
Então, por ter sido tudo isso e mais um pouco. Ter morrido de amores. Ter tido decepções, frustrações, traumas inevitáveis e perdas irreparáveis, tenho que rir muito desta vida...por quê?
Porque simplesmente vivo.


E isso é um puta motivo pra gargalhar......e muito!!!
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terça-feira, 21 de julho de 2009

SÓ UMA PALAVRINHA

Tenho tantas, de longe...de perto
Tantas se foram, simplesmente foram
Outras, assustadas bloquearam
Virtuais ou carnais, não importam mais
A dor é igual, mal entendida

Ando tão sem saco pra escrever
Deve ser falta de inspiração
Pura conspiração de mim mesma
Querendo guardar coisas
Resolvi vir aqui dizer

Tão pisciana que sou, revoltei
Imagina só um peixe atrás do outro
Me sinto dentro dum ovo, nada pessoal
Sinto falta de ti e de mim
Amigos d’umbigo, juntei sim

Tentei de tudo nesse tempo fora
Escrevi, trabalhei, dormi
Minha razão tinha razão
Sou pura emoção
Comi um pacote de trakinas

Falta da mercadora
Furiosa comeu meu livro
Achei tudo ruim o que escrevi
Pura bestagem misturada com vodka
Não bloqueia o insano, faz bem pra alma

Lá eu de novo, misturando
Alhos com bugalhos
Falei que não tava certo
Meu eu me olha
E cobra, serpenteia

Atravessa a rua vazia
E atropela o curso do rio
Tanto tempo sem palavra
Que a frase se joga na letra
Que face oculta me inspira
Qual fase inculta me faz assim
Volto outro dia

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sábado, 4 de julho de 2009

AMOR ASSIM

(imagem: doufine)
Assim... amoroso, de mãos dadas
Como se nada fosse ventar
Como se nada fosse matar
Assim...formoso, de almas grudadas

Corpos encaixados e suados
Olho no olho, pele na pele
Mãos entrelaçadas no passeio
Com anseio de quero te ter

Sonho de alma, que acalma
Que conversa a noite inteira
Que timidamente pede pra fazer amor
E selvagemente o faz

Quero um amor assim
Aquele do aconchego
Que basta um beijo
Pra saber que existe

Que resiste e persiste
Embora temporais o tentem
As mãos continuam ligadas
E os olhos transcendendo

Compondo jardins
Plantando canções
Rimando olhares
Sonhando você
Bem assim..

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

QUE SUFOCO

( imagem:Diego Rivera)
Sufoco ser eu
Achar meu eu
Buscar o eu
Sutil meu eu

Vulcão em erupção
Explosão temida
Retida, contida
Ser eu palpita

Habita entranhas
Esconde temores
Amorfa amores
Abafa rumores

Ser eu complica
Ser eu também explica
Descompassa a vida
Desgoverna a lava

Expele porcaria
Comprime razões
Expulsa demônios
E encontra a essência

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terça-feira, 30 de junho de 2009

UM SONHO DE RAINHA

Soledad Montoya, espanhola e linda. Sempre dona de um sorriso. Vestida num vestido vermelho e preto, cabelos longos, ondulados e doces. Era assim que se vestia Soledad Montoya.
Menina formosa, mulher misteriosa. Desde cedo assanhou rapazes. Desde cedo cobiçou mulheres. No vilarejo de ruas vazias e poeirentas, povoado de mexericos e homens bêbados, Soledad formou-se rapariga dona de invejáveis prazeres. Cresceu em meio ao porre e putaria de sobrenome. Vingou linda e selvagem criatura, cheirando a feno e dormindo celeiros.
Vestiu sempre vermelho e preto, combinando com o cabelo. Rodava saias e castanholas num bar cheio de mofos bêbados.
Foi assim que criou mágoa e veneno. Foi assim que perguntou o final daqueles pátios de infância, tão doces e ternos. Pátios brincados de castanholas com meninas iguais a ela. Onde estão aquelas crianças dos sonhos de Soledad ? Esconderam-se nos celeiros onde seus sonhos de menina estupraram na saudade. Ficaram misturados no feno que serviu de cama ao seu desalento. Só restou o mesmo rio de infância pra lavar seu desgosto de mulher vadia, que um dia sonhou em ser rainha.
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quarta-feira, 24 de junho de 2009

MIGALHAS

To irritada, aceito migalhas
Como pombos na praça
Contentam tão pouco
Mendigo emoções retalhadas

Cato migalhas no chão
Vou na contramão
Retalhos de paixão
Sobras de ilusão

Beijo sapos retardados
Que viram cacos disfarçados
Sonho borrado, sonho acordado
Sufoco choro amarrotado

Levanto do poço sem fundo
Desnuda e descalça
Corpo inerte que sobe
Enxerga a luz e decola

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

DOMINGO SEQUELADO

(site 1000 Imagens)
Aí...final de domingo, gosto de ressaca de vinho
Roubado um carinho acanhado, hoje com gosto de perdido
Frustrada tentativa, rosto de quero esquecer
Sentindo um vazio completo, sequelas de amarga ilusão.

Noite acordada, tentando o nada
Enorme vazio preenchido com gosto das sequelas
Pareço sem força, tentativa forçada
Tento arrancar um amor que não existe e resiste

Domingo, melhor dia pra pensar e ninguém gosta
Hoje não quero fugir, quero encarar esta dor
Vestir a realidade do falso que eu mesma construí
Quero fugir pra dentro de mim, segurar minha mão

Largar essa mão que não é minha, olhar meus olhos
Encarar meu pranto e no meu canto, chorar
To com gosto de mal dormir, falido e acordado
Cai de boca no chão, quebrei os copos

Gosto de domingo acabado na lembrança
Um olhar que foge do meu e me cansa
Sentimento com gosto de canção errada
Esse tédio me amofina e lá vem a segunda
(quem sabe amanhã fico melhor)
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quinta-feira, 18 de junho de 2009

LOUCA COMO UMA FLOR

(imagem: Lídia)
Conheci uma louca, desvairada e meiga criatura
que da net saiu como doidos versos e inversos
Saiu da jaula das loucas numa pureza que dá medo
Encantada criatura, indefinida escrita que me espanta

Leio seus loucos e sensatos versos como aprendiz
Como não amar pessoa assim
Irônica, malvada e docemente meiga
Escreve versos como quem vive e reviravolta

Revira tudo e todos, até ela
Come livros estranhos e pão com mortadela
Sua timidez briga como fera enjaulada
Escreve impropérios e doces romances

Linda alma não descoberta pelos idiotas
que machucaram tão meiga donzela
Feito águia protege sua cria
Feito fera mata quem machuca
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quarta-feira, 17 de junho de 2009

QUARTA?

(site 1000 Imagens)
Sendo quarta, pulei a terça. E a segunda, é esta aí de baixo. Nublada, não mormacenta igual segunda.
Quase zen esta quarta. Me escondo dentro, através de Enya busco em mim a quinta.
Profanos pensamentos, beirando o angelical.
Quarta perfeita pra mergulhar. Silencio em mim mesma. Não ouço resposta que busco, ainda?? Me escondo no trabalho, que mais atrapalho. Que rua calma esta minha, me deixa nervosa esse movimento. Bons vizinhos, quase invisíveis e tão previsíveis. Continuo mergulhando e acendo um cigarro. Afogo um pensamento, porque não posso. Meu cachorro me faz companhia, fiel amigo.
Enya também, só que cobra.
Daí vem outro cigarro, preciso parar.
Vai uma aspirina pra aliviar a dor de cabeça, dói pensar. Um gole d’água pra matar. Movimento isso!
Tá fechando um ciclo.
Ah, tenho que olhar o saldo bancário, mas não vai fazer diferença..a cor é igual o de segunda
E o frio sobe as minhas pernas, puta merda. Preciso de movimento pra esquentar. Almoço, descanso, cafezinho.. lembrei segunda passada ou foi terça que vem..
À tarde, releiam...tirando o almoço.
Amanhã?

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

SEGUNDA DE HOJE

(site 1000 Imagens)
Eita, que segunda-feira é um tédio só. Mormacenta. Sei lá por que, podem ser os bons ou os maus presságios da semana. Pode ser porque o final de semana tenha sido igual a todos os outros anteriores. Mas, também pode ser porque eu não tenha encontrado nenhum botão de rosa no meu jardim.
Até o Garfield odeia a segunda. Porque não eu e toda torcida do Flamengo.
Parece dia sem fim, sem rumo e, pior, sem prumo.
Sei lá o que faço ou desfaço, só sei que num período de 24 horas fico inerte. Quase uma inércia. Suspensa no ar como se fosse um balão, desses de parque de diversão. Voando em pensamentos fugidos de mim, escapados e escarrados. Quase uma fumaça que solta delírios contidos, enrustidos e entupidos de segunda-feira.
Acordei, tomei café, tentei trabalhar, almocei, tentei trabalhar de novo, atendi telefone, voltei a tentar, sai e voltei. Vou dormir.
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SOLIDÃO DA NOITE

(site 1000 Imagens)
Hora da solidão
onde os ponteiros se misturam
e não se importam.
Onde por mais juntos
se está só.

Onde até o silêncio se assusta com o silêncio,
todos dormem.
E o silêncio me mata
e o medo se assusta.

Onde só o cigarro acompanha
e as lembranças do medo
e da noite, se misturam..
E o sono me vence.
(anos 90)
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sexta-feira, 12 de junho de 2009

DEIXA

Não acredite só naquilo que teus olhos enxergam
eles te enganam, eles te iludem e mentem
Acredita na tua alma, no teu peito
a dor te mostra o caminho certo.

Berro minha alma e meu peito
mas berro pra dentro
Converso comigo e carrego malas de ilusão
Acredito na pureza dos outros
e berro sozinha por isso.

Deixo pra trás valores e sabores
da dor que sinto no ventre
dos amores que deixei pra trás
Não acreditei em mim
e deixei o peito doer

E agora, no rascunho deixo meu cunho,
deixo minha dor, meu odor
Vejo que horror eu fiz e desfiz
embriagado com a dor

Me deixa lembrar
aquilo que quero deixar
aquilo que odeio lembrar
Tudo que não consigo esquecer.

Deixa esquecer o que não consigo lembrar
Deixa lembrar aquilo que esqueci
Me deixa em paz.
(Texto anos 90)
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terça-feira, 9 de junho de 2009

ME DESNUDO

É no banho que me tremo, me palpito
Porque se nua estou desvestida de mim mesma
assim como nasci, porque a vergonha me assusta
foi ali que tudo começou..ou terminou.

Ali nua, sendo lavada e esfregada pelo meu interior
Ele me acusa. Me abusa. Porque deixei. Me envergonhei.
Não tive culpa. Foi opção, foi tesão. Foi lamento.
A água escorre o lamento, lava...leva. Decora meu corpo.

Medo de ser lavada ou levada, de ser nua
Nua eu vim da água, ela me sufoca...me veste de lua
Água que sufoca e enforca, me traduz no umbigo
Me arranca da pele, a água quente me derrete

E inverte minha pele do avesso, e travesso meu nu
Umbigo amarrado no pescoço, desamarro na água
Morna me assusta fechada ali, como se fossem amarras
de ferro, que me arranca pra vida e me prende no banho
.
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sexta-feira, 5 de junho de 2009

MALDITO ANJO

(site 1000 Imagens)
Vejo luz em teus olhos como se visse
a paz dos anjos voando ao teu redor
Vejo contornos deixando-te sedas e pétalas
provavelmente sejam os mesmos anjos que te cortejam

Transei com anjos, dormi com o diabo
chorei teu corpo e supliquei teus amores
Abandonei meu corpo em busca do teu
e, ateu, derramei odores e queimei no inferno

Danadas ancas que dormi e que da janela me atirei
insanas noites acordei e cheirei odores que transei
Vejo os mesmos contornos deixando-te louca, desvairada,
quem sabe apática

Sublime paixão, maldita tesão
e no chão, nua, me vejo sozinha a chorar
e, os anjos, a observar
tamanha paixão derramada no chão

Belo sol que amanhece agora
que me vê pendurada na janela
Um raio insinua uma ponta de esperança
no canto da minha cama
trocando aquele mesmo anjo pelo meu chorar.
(escrito em 1996...acho)


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quinta-feira, 4 de junho de 2009

AMIGO CORAÇÃO

Me deixa quietinha hoje
Preciso consolar meu amigo coração
Ele tá chorando, lhe darei meu ombro
Todo amigo precisa, ele me pediu ajuda

Parece uma criança, meu amigo coração
Vou embalar seu choro, pegar no colo
Acarinhar sua dor, ele não tinha noção
Arrisca, carrega também a adolescência

Quer ficar sozinho, dentro do meu peito
Só eu e ele, me ouvir... e eu a ele
Temos muito do que sentir... silêncio
Quietinho coração.. pulsa só tua dor

Vou te aconchegar aqui no peito
Te guardar junto com a lembrança
Da dor e do amor, que não em vão
Fez você chorar, deixa eu segurar a tua mão

Êta coraçãozinho vagabundo e teimoso...
Te desprende de mim como se fosse dono
Vamos ver quem manda aqui, porra louca
Não me subestime com frases feitas, fico puta...
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terça-feira, 2 de junho de 2009

ESSA CANÇÃO NÃO É MINHA

(imagem: Lídia)
Meus olhos nunca te mentiram
Não compare o que sinto com um grão
Meus passos sempre foram em tua direção
Não transforme tudo isso em vão

Você viu minha alma, meu coração
Te entreguei junto a lua e nua
despi meus passos e peguei na tua mão
No teu corpo perdi o meu

No teu beijo, beijei tua alma
E não tem vento que leve isso
Não tem rua que atropele
Não tem canção que não revele

No perfil não encaixa meu coração
Nem eu e você nessa canção
Meu sorriso, minhas mãos e meu discurso
são os mesmos, nada mudou com esse grão.
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segunda-feira, 1 de junho de 2009

ESCOLHAS

(imagem: Lídia)
Elas fazem isso com a gente, nos deixam de lado às vezes
escolhemos o certo pelo errado ou o vide-verso
contamos com a sorte, acreditamos que o inverso seja o certo
fica um vazio de abandono, estrada sem rumo... sem prumo.

Quando você já decide que a escolha é errada, você acertou
a volta... só o tempo dirá se ainda tem
a porta... essa muda de lugar, procura outras mãos pra abrir
a pipa se solta ao vento, ela escolhe aonde quer ir.

Deixo livre a escolha não imponho, não quero metades
Não se mistura duas cabeças numa pessoa só, daí a escolha
Até a lua escolheu não aparecer..não quis ver
Até tua voz me falta, escolhi não ouvir... Minha escolha.

Dela, já sabia que seria tua evidente escolha
Fingi ser a tua, enganei que teria tempo atrás da porta
Perdoa a minha, porque deixei você escolher
Perdoa a minha escolha de não te deixar mais partir.


"pois então vai...vc sabe voar de volta pra mim."





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sábado, 30 de maio de 2009

LUA DE MAIO

(imagem: Lídia)
Que noite insana passei
Já disse, minha imaginação é foda
Imaginei lareira queimando
Tomei vinho na taça que ganhei

Tentando lembrar de te esquecer
O dia que era meu fugiu
Vinte dias é muito tempo
Até a lua sumiu

E a chuva, essa tentou lavar
A parede branca do meu quarto
As rosas, quebraram ao largar tua mão
Teu corpo me abraça com tesão

Outra taça de vinho e a chuva não passa
A lareira continua queimando aqui dentro
A lua nem sequer apareceu
E a rosa quebrou meu coração.
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sexta-feira, 29 de maio de 2009

SAUDADE

Do tempo que te beijei e podia sentir teu cheiro
Do tempo que te tocava e te sentia perto do meu corpo
Da tua boca dizendo que sempre me amou
Da tua boca no meu beijo
Do teu amor

É quase insuportável!

Te olhar e ver que tu me amas
Olhar tua boca e não poder beijar
Sentir teu cheiro quase de longe
A tua fuga de mim
A vontade quase insuportável de voltar no tempo

É insuportável!

Segurar as lágrimas que jorram dos meus olhos
Suportar a saudade que sinto do teu beijo
Disfarçar este amor escondido
Acreditar no fim
Aceitar o fim
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quinta-feira, 28 de maio de 2009

GAVETAS DE HUMOR

Esta, em momentos de tédio rotineiro, eu abro e surto em gargalhadas..
Nada melhor para o coração, que o diga meu cardiologista.....kkkkkk


http://www.youtube.com/watch?v=0_AEhhdo6xE
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quarta-feira, 27 de maio de 2009

PRECISO DIZER

Foi falta de tempo
que nos deixou devendo
foi falta de tempo
que nos fez correr

Agora preciso dizer
que a falta de tempo
deixou desejo
deixou saudade

Faltou coragem
de enfrentar a verdade
coragem de dizer
o quanto era verdade

Foi falta de tempo
tempo da chance
tempo sufocado
trancado e abafado

Agora preciso dizer
o quanto foi bonito
aquele tempo contigo
tempo doce...
preciso dizer.
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PRIMEIRO CONTO, DEPOIS ESCREVO

Todo livro que se preze ou todo conto que preste deve começar com:
Era uma vez....
Como não sei se este vai prestar, vou começar com: Descobri porque não consigo escrever quando estou com alguém. Porque este alguém vai ler aquilo que estou tentando escrever. E, isto me deixa sem muita tesão. Ler aquilo que escrevo sem a minha permissão é como ler minha alma, vasculhar minha carteira, procurar nos meus bolsos coisas que não existem. É proibir minha privacidade, e todo mundo tem a sua. É desvendar toda uma vida e suas lembranças.
Sendo assim, não posso começar escrevendo: Era uma vez.....
Obrigada, por não ler.

Enfim, preciso começar uma história que nem mesmo sei como. Eu sempre desejei escrever um livro. Sempre quis ser escritora, viver disso (ainda desejo). Cheguei a fazer a faculdade de jornalismo. Tempinho bom aquele em que tudo era novidade, tudo era uma descoberta preciosa. Tudo era vida.
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