quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DAS GAVETAS

Salvador Dali
Somos gavetas abarrotadas
De lembranças e saudades
Fotografias e sutiãs
Em desordem cronológica
Que tentamos descobrir

Remexemos na desordem
Organizando nossas vidas
Em desalinho com o tempo
Procuramos agulhas e botões
Encontramos poeira e anões

Abrimos todas de uma vez
E uma a uma o caos se instala
Uns mais, outros menos
Soterram-se em gavetas
Duendes e pinguins saltam de lá

Gavetas e armários não combinam
São repartições e desajeitos
Arrumados e armados por nós
Cada um escolhe o jeito
Arrumamos conforme os nós

Segredo é alinhar o norte
Pra saber pra onde segue o rumo
Por cor ou descendência
Encaixar as gavetas no armário
Abrir cada uma delas e matar o dragão
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