Foi de mansinho, como aqui já falei
Linha a linha, costurei com palavras
Palavra a palavra, redigi sentenças
Frase por frase fui abrindo gavetas
Escancarei e sentenciei minha vida em versos
Cada palavra escrita trás minha vida
Meus desejos, frustrações, anseios,
Segredos não mais guardados
Gavetas não mais trancadas
Poeiras e mofos escancarados
Já matei dragões
Driblei leões
Pulei precipícios
Que por ofício
Me fazem escrever
Escrevo sobre anões e corações
Duendes e gnomos visitam minhas letras
Clarões invadem a visão
Que do branco transmutam poesias
Enquanto raízes e sementes brotam de mim
Libertei borboletas
Comi sapos
Dancei com um beija-flor
Da dor, bulinei palavras
Do amor, fiz versos descompassados
E das gavetas, expeli os desatinos.
Obs1: Há dois anos criei o Gavetas da Lídia pra desatinar em versos, acho que to conseguindo. E, também, há dois anos amo vocês, amados leitores de uma aspirante a poeta. Obrigada por me lerem.
Obs2: Eis aí, o selo que a Silvia, do Meu Lado Contido, fez pro Gavetas.
Obrigada amiga.
Gaveta de quando fizemos 1 ano: http://gavetasdalidia.blogspot.com/2010/05/um-ano-abrindo-gavetas.html