sexta-feira, 16 de março de 2012

Autoanálise


Nado com força pra chegar
O amor é meu remo
O coração, meu guia
A cabeça se arrasta
Sensata eu seria se me ouvisse

Tenho fases de euforia, quando amo
Fases deprimidas, quando perco
Sou lua, sou mar, sou confusa com meu ser
Sou puro coração, mas também sei ser vulcão
Criança, mulher, menina em roldão

Exagerada na entrega, repito a cena
Tenho garras que se rendem ao carinho
Minha boca se cala no beijo e grita na palavra
Minhas mãos me guiam na poesia
Como que possuída pela própria vida

Sou puta, sou santa, sou amiga, sou amante
Sou várias, que conflitam
Ainda vejo no espelho a criança e me assusta a madura
Completamente adolescente, ainda peca e se arrepende
Meus pés flutuam, renegam a realidade e fogem assustados

Minhas fases são de lua e na rua se perdem
A entrega é uma constante, uma variante que me aflige
Tenho várias dentro de mim, briga sem fim
Dessas todas, sou eu que me venço e adormeço
Sou veneno e fragrância, sou mulher, sou criança safada.. menina levada
Sou tudo ou nada, exagerada na essência
Sou Lídia por dentro e quem sabe por fora!
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