sábado, 5 de março de 2011

Intimidade

Intimidade não se impõe, ela simplesmente nasce ou não. Não to falando somente da intimidade na cama, falo daquela percebida através do olhar, do tom da voz ou do toque das mãos. 
É estar um passo adiante nos desejos do outro.
Intimidade se conquista através dos dias, das palavras ditas ou caladas, bastando um olhar ou um pequeno gesto para a compreensão. É conhecer o teu melhor perfil, do mais rude até o mais singelo. Aquele que você tem mais vergonha de ser e o que mais te dignifica. É revelar teu raio-X, te expor sem vergonhas nem limitações.
É a essência do teu ser em exposição ao outro, sem medo e sem restrições ao que, do outro lado, vão pensar ou criticar. É relaxar tua alma nas mãos de alguém que confiamos.
Podemos até dizer que amamos alguém, mas não será verdadeiro se não temos a intimidade necessária para conhecer quase em detalhes esta pessoa. Como podemos dizer que amamos se não enxergamos em prismas o ser “amado”. O olho no olho já revela muito da alma,
 A intimidade se desvenda no dia a dia, no compartilhar, no dialogar, no se permitir conhecer, na entrega, no prazer e na dor. No escovar os dentes na frente do outro, no cozinhar e comer, no beber, no sexo, na dor de barriga, no resfriado, na falta da grana, nos erros ou acertos.
Ninguém é intimo se não conhecer as partes de você, seus defeitos, suas manias, se você roe as unhas, se ronca, se diz palavrões, se arrota ou peida (ops!). E não adianta esconder, todos fazemos isso.
Não adianta conhecer um ícone, somos o que somos não disfarce o seu eu, pois ele existe. Ninguém vai me amar verdadeiramente se não conhecer meus medos, tocs e virtudes. Quando estivermos partilhando a mesma cama, sob o mesmo teto e com as escovas de dente juntas, o que somos se revela e aí sim, neste momento, vou poder ouvir se você me ama de verdade.

8 Comentários:

Je Vois La Vie en Vert disse...

Concordo contigo em certos pontos e discordo noutros.
Acho que não precisamos de partilhar tudo, a não ser num caso extremo, de doença por exemplo, por respeito pelo outro. As coisas menos "dignas" ( escatológicas ou parecidas) não devem ser partilhadas. Não concordo, por exemplo, em deixar uma prótese num copo na mesa de cabeceira ! E sou feliz num casamento de 37 anos.
Acreditas que ainda consigo surpreender o meu marido depois de tantos anos ?
beijinhos
Verdinha

Silvia Cristina disse...

Verdade verdadeira.
Essa é a diferença entre amor, e amor banalizado. A inrimidade.

Nunca fui amada, fato! Nunca me deram a chance de ser quem eu sou sem culpa.


Beijos

Anônimo disse...

O dia a dia de convivência revela se o amor verdadeiro existe ou era uma utopia sonhada por uma das partes.
Cumplicidade deve ser constante para revelar segredos ocultos e manifestar os desejos.
bjs e um bom domingo.

Zininha disse...

Lídiaaaaaa...quanto tempo não fuço na sua gaveta amiga!!!!!

Tudo bem???

Vim deixar meu carinho...E DESEJAR UM FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER...

BEIJOS...ADOREI ESTAR AQUI...

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Lindo o que escreveu ,como sempre sentimentos à flor da pela.

Beijinho com carinho
Sonhadora

Unknown disse...

\o/

iNTIMIDADE...

penso que jah tenho a intimidade de dizer que ADOREI O BLOG VISSE...

demaiss

XEROO LINDA

Anônimo disse...

Muito obrigada pela visita lá no blog.
Mas esquecestes de deixar o email e a data do niver...
Este é o blog
http://niverdeamigos.blogspot.com/
estou te esperando!!
bjus

Rafael Castellar das Neves disse...

Oi Lídia!!

Passando para lhe convidar a participar do sorteio que estou fazendo em meu blog Desce Mais Uma!.

[]s