Arrumei a
casa bem bonita
Pus enfeites
com fitas
Amarela,
azul, vermelha e verde
Formei um arco
íris pra ti esperar
Gotejei água
no sol
Pra ele criar
Pus à mesa um
bom café com açúcar
Pra adoçar
teu perfume
Pães e
rosquinhas pra saciar
Manteiga e chimia
pra contrastar
E um pão
quentinho a ti esperar
Toalha de
renda bordada à mão
Xícaras de
porcelana que eram de minha mãe
Com um pequeno
fio dourado na borda
Formando delicados
desenhos
Preparados pelo
coração
Espalhei as
flores pela casa
Margaridas e
flores do campo
Alegrias que
sentia, olhos que brilhavam
Coração palpitava
orações e segredos
E enquanto a
tarde caia
As flores
murchavam
E você não
vinha
Separei os
doces
Juntei os
pães
Retirei a
toalha
Guardei as
xicaras
O café
esfriou
O leite
coalhou
Coração disparou
Caiu a noite
Caiu..
2 Comentários:
Embora a frustração esteja presente, os tocantes versos derramaram na toalha teus cuidados, teus carinhos...Tolo quem os perdeu!
Bjos,
Calu
Que pena!!! Não sabe o que perdeu...
Que bom, "rendeu" uma linda posesia, ainda que triste. Isso acontece, mas nem porisso, se de dsiste de repetir um novo "ritual" para um próximo Café da Tarde!'
Também tenho gavetas à moda das suas...Assim, gostei do que li por cá...
Um abraço,
da Lúcia
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